Mímica e movimento: o corpo como palco de aprendizagens
- Mariana Bolckau
- 27 de fev.
- 2 min de leitura
A mímica é uma forma de arte expressiva que comunica ideias e emoções através de gestos, movimentos e expressões faciais, sem o uso de palavras. Essa prática remonta a tempos ancestrais, sendo uma das maneiras mais antigas de interação humana.
No contexto da Educação, em especial da Educação Profissional e Tecnológica, pode ser utilizada como uma ferramenta didática para ajudar os estudantes a expressarem seus sentimentos e desenvolverem habilidades sociais. Além disso, é uma excelente forma de potencializar a criatividade e a expressividade humana, estimulando a inovação e o pensamento fora da caixa.
Este tipo de experiência favorece a criação de um ambiente colaborativo, permite que os sujeitos se sintam mais confortáveis e confiantes ao se expressar, e que melhorarem a sua comunicação interpessoal, promovendo o autoconhecimento, seja do próprio corpo como de suas emoções, bem como o desenvolvimento do trabalho em equipe e o entendimento acerca da importância da empatia e do respeito mútuo, tendo em vista a viabilidade, através dessa atividade, de se trabalhar a percepção das emoções por intermédio da linguagem corporal, oportunizando, por conseguinte, que os estudantes se coloquem no lugar de seus pares. Habilidades que são particularmente relevantes em áreas que lidam diretamente com o público, como: saúde, educação e serviços.
Em relação às estruturas psicomotoras, destacaremos, resumidamente, algumas que podemos trabalhar através da dinâmica da mímica, sendo elas: o tônus, o esquema corporal e a praxia. O tônus está relacionado ao estado físico e emocional do sujeito, enquanto o esquema corporal favorece a consciência do próprio corpo e a sua organização no espaço. Já a praxia, ou coordenação motora, envolve a habilidade de usar o corpo para executar determinado movimento de modo harmonioso. Além dessas, a atividade pode também incluir ritmo, dissociação de movimentos e equilíbrio, que estão interligados e promovem uma execução da imitação de forma consciente e equilibrada.
Outro ponto interessante e que pode ser proposto após a realização dessa atividade com os estudantes é a promoção de um debate ou roda de conversa, onde as percepções e bagagens dos mesmos possam ser refletidas e discutidas com o coletivo, posto que a diversidade de experiências quando consideradas no processo de ensino-aprendizagem só tendem a enriquecê-lo.
Ademais, o fomento da experimentação e da expressão corporal, bem como a exploração de diferentes formas de representação e interpretação nos diálogos, possibilita que os estudantes compreendam e produzam seus próprios discursos de forma crítica e autônoma, tendo como base uma interação significativa onde as nuances das linguagens corporais e não verbais ganham destaque e os convidam a refletir sobre o impacto da psicomotricidade no processo de ensino-aprendizagem.
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